Horário nobre??

Recentemente presenciei na fila do supermercado uma conversa exaltada entre duas senhoras sobre o que aconteceria com um dos personagens da novela das nove. Em seguida a caixa do supermercado também contribuiu com sua opinião e então elas chegaram a alguma conclusão que não me recordo.  Pois bem, gostaria de provocar uma discussão saudável a cerca disto.

No blog “O Barômetro” o professor André Roncaglia postou um texto sobre a importância do ato de estudar , e incluiu o link a uma palestra ao fim do texto. Nesta palestra o professor Pier comenta um artigo que saiu no “Portal Aprendiz Uol”  onde diz que “…o nosso país inteiro tem menos livrarias do que a cidade de Buenos Aires, capital da Argentina…”

Sabemos que o momento econômico dos países em questão são bem dispares e isto pode aguçar algum tipo de comparação viesada, mas este não é o caso. O que realmente gostaria de salientar é que nossos recursos, nosso tempo, não estão sendo alocados para nossa instrução e sim apenas para “diversão”. Segundo dados do ibope cerca de 3 milhões de domicílios estão com a TV ligada no período das 19:00 às 22:00 hrs, considerando apenas a cidade de São Paulo. Com relação a estes dados percebe-se que a maioria de nós não está utilizando nosso precioso tempo e dinheiro com cultura, seja para obter bons livros, indo ao teatro, cinema, ou mesmo nos especializando em algo. Provavelmente estamos disponibilizando nossos recursos financeiros com os produtos provindos dos comerciais transmitidos nestes horários nobres.

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Não podemos de forma alguma tornar-nos escravos das grades de programação das TV’s, que não contribuem nem um pouco com o desenvolvimento humano, ou com a sociedade. Nós é que devemos determinar o tempo em que estaremos de fronte a este eletrodoméstico. Não acho saudável nem engraçado a desmoralização da família nas novelas com seguidas cenas de traições com o lema: “o que vale é ir à busca da felicidade pessoal”, tratam o homossexualismo como uma nova moda ou uma tendência a ser seguida, um incentivo desnecessário, inúmeros episódios de separações, como se fosse algo normal, uma valorização sem medida ao que pertence a “alta sociedade” e uma ridicularização preconceituosa ao jeito de ser e de viver das camadas menos favorecidas, e muito mais.

Este blog tem como propósito dicas para uma vida financeira saudável, talvez este texto não possua estas características de forma tão explícita, todavia a partir do momento que nos permitimos sermos manipulados por este mestre dos fantoches (televisão), passamos a viver como tal, passamos a viver em razão de tudo que ele nos pede para comer, vestir, beber….ter. A contrapartida é que à medida que começarmos a tornar-nos um povo mais instruído, lendo mais como nossos hermanos por exemplo, as grades de programação em nossas TV’s serão de melhor qualidade, não aceitaremos mais novelas com conteúdo fútil e sem valor ou programações que deturpem nossa família, nossa sociedade.

O recado que eu deixo é: Desligue a televisão e vá ler um bom livro. Nunca é tarde para começar!

Pós-graduação ou Poupança, aonde investir????

Neste texto vamos dar uma pequena pausa no assunto que vínhamos tratando (fundos, ações e etc…) para falar sobre um assunto um tanto polêmico… Pós-graduação ou poupança, aonde seria melhor alocar o seu dinheiro? Muitos têm essa dúvida, então espero poder ajudar….

Quando olhamos os preços adotados em cursos de MBAs, mestrados, pós-graduações e outros, podemos levar um susto. Algumas faculdades chegam a cobrar mais de R$ 1.500,00 por mês em um curso de pós graduação. Um mestrado profissional em faculdades renomadas chega a custar mais de R$ 2.500,00 por mês em 24 meses (superando R$ 60.000). A pergunta natural seria: e se eu investisse esse dinheiro em ações ou em um fundo, será que meu retorno não seria superior ao aumento de salário que teria com algum desses cursos?

É claro que boa parte do ganho obtido com uma pós graduação é intangível, ou seja, se trata de realização pessoal, algo que não se pode medir. Porém, vamos analisar de uma forma mais racional, pensando apenas em retorno e em perfil.

Para isto vamos comparar a história de três amigos, João (Analista Financeiro), Luiz (Consultor Financeiro) e Jorge (Vendedor), os três formados em administração de empresas e com 25 anos de idade. Eles estão analisando a possibilidade de fazer uma pós-graduação em suas respectivas áreas que custaria R$ 1.500,00 por mês durante dois anos. Vamos conhecer um pouco mais sobre os três amigos:

– João ganha R$ 3.000,00 por mês trabalhando em um multinacional. Ele almeja ser promovido ao cargo de gerente (com salário de R$6.000). Porém, para isto ele precisa aprimorar seus conhecimentos em finanças. A boa notícia é que com uma pós-graduação sua promoção está garantida. Ele quer fazer pós em finanças.

– Luiz ganha R$ 3.000,00 por mês prestando consultoria financeira, e detém conhecimento financeiro elevado, pois possui um certificado reconhecido internacionalmente, o CFP (Certified Financial Planner). Porém, ele gostaria de dobrar sua clientela (composta em sua maioria por empresários), para atingir R$ 6.000,00 por mês. Para isto teria que ter contato com mais empresários e melhorar sua estratégia para convencê-los da utilização de seus serviços. Ele quer fazer pós-graduação em finanças, pois esta é sua área de atuação.

– Jorge, um vendedor nato, ganha R$ 3.000,00 por mês. Teria que dobrar suas vendas para chegar aos R$ 6.000,00 mensais. Seus clientes não ligam para sua formação, apenas gostariam que ele fosse mais proativo no pós-venda, pois ele nunca tem tempo para tirar suas dúvidas, e quando tem tempo não sabe a resposta. Ele pretende fazer pós-graduação em marketing.

Será que a pós-graduação seria a melhor alternativa para os três amigos?

OBS: Os três iniciaram uma aplicação de R$ 500,00 por mês, a taxa de 0,5% ao mês, para usufruir apenas quando tiverem 55 anos (30 anos de investimento). Porém, poderiam investir R$ 1.500,00 a mais por mês durante os dois primeiros anos, se não fizerem a pós.

Para se ter uma ideia, se eles optassem por não fazer a pós-graduação eles teriam R$ 200 mil reais a mais em suas respectivas poupanças quando atingissem 55 anos.

Em uma análise fria, e até mesmo um pouco intuitiva, se a pós dobrasse a renda nos três casos com certeza fazer o curso seria a melhor opção, pois com o salário dobrado eles poderiam aumentar suas aplicações após o fim do curso e ainda contariam com melhor qualidade de vida.

Porém, olhando caso a caso percebemos que não é bem assim.

– Para João, fazer a pós-graduação em finanças parece um bom negócio, pois seu salário dobraria, e com este salário ele poderia aumentar sua aplicação após finalizar o curso e ainda obteria melhor qualidade de vida.

– Para Luiz, a pós-graduação também é uma boa oportunidade, porém, não em finanças, considerando que ele já possui um certificado financeiro reconhecido. Já que ele precisa melhorar seu lado “vendedor/empreendedor” e ter mais contato com empresários, talvez uma pós em marketing ou em gestão de negócios lhe traria ganhos muito maiores, ajudando a aumentar sua clientela e a tocar melhor o seu pequeno negócio de consultoria…

– Já no caso de Jorge, a pós-graduação além de não trazer ganho certo, pois não aumentaria suas vendas, ainda tornaria seu tempo mais escasso, podendo levá-lo a perder clientes. Para ajudar comprometeria seu ganho futuro (aos 55 anos teria R$ 200 mil a menos em sua aplicação). O ideal neste momento seria ele se dedicar a estudar os produtos que está vendendo e a reorganizar sua agenda, para prestar um melhor pós-venda. Talvez um curso de curto prazo aos sábados sobre gestão de vendas seria uma alternativa mais aceitável.

Em resumo, meu conselho com uma visão de investimentos é:

(i)                  Tente quantificar o ganho que possivelmente você obterá ao fazer o curso de pós-graduação que está pretendendo. Você será promovido? Terá novas oportunidades atrativas no mercado de trabalho?

(ii)                Saiba qual seria o melhor curso para o seu caso, ou seja, faça um curso que realmente lhe agregará um novo conhecimento, ou que lhe trará ao menos um aprofundamento substancial nos conhecimentos atuais.

(iii)               Sempre avalie se não há alternativas mais interessantes neste momento. Muitas vezes um certificado poderia lhe trazer uma remuneração superior, a um custo menor. Isto é muito comum no mercado financeiro, onde alguns certificados valem mais ou tanto quanto uma pós-graduação.

Por fim, gostaria de frisar que “aprender” nos torna mais capacitados, como profissionais e como pessoas. Cada novo conhecimento adquirido nos torna mais produtivos e eficientes. Em geral, estudos sinalizam que investimento em educação traz ganhos substanciais à renda.

Desta forma, nunca deixe de se atualizar, fazer cursos, ler livros e etc… PORÉM, façam isto de maneira eficiente e proveitosa para sua vida financeira e pessoal.

Desemprego: O que fazer, o que pensar !?

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Por que causa tanto incomodo estar desempregado? Será a preocupação com a luta pela sobrevivência ou manter o padrão de vida? Acredito não haver tanta diferença entre ambos os dilemas, pois o desconforto na real é ficar por algum tempo sem um porto seguro. Apesar de ser uma experiência stressante e perturbadora, a perda do emprego não se traduz necessariamente no fim do mundo.

 Aquela atividade que outrora você era dono(a) já não lhe pertence mais, por outro lado, há um mundo todo de braços abertos com milhares de oportunidades aguardando seu abraço. Este momento para muitas pessoas é o “pulo do gato” para reavaliar seu interior, suas habilidades, sua carreira e seus sonhos, e enfim se permitir mergulhar de cabeça em uma nova vida profissional.

Existem muitos casos em que as pessoas abriram seu próprio negócio como: consultoria; salão de beleza, açougue, sorveteria, entre outros e obtiveram êxito. O SEBRAE disponibiliza um arsenal fantástico de possibilidades para novos negócios, vale a pena consultar.

Já outras pessoas obtiveram sucesso simplesmente melhorando seu currículo ou se especializando em algo que o mercado vinha exigindo e por conta das milhares de tarefas diárias tornava-se impossível a disponibilidade para tal.

 Atualmente a instabilidade mundial sobrevoa cada um dos nossos postos de trabalho e por não haver uma perspectiva de melhora a curto prazo no mercado internacional, o temor só aumenta. O teor do medo de “estar desempregado” é medido pelo tamanho de sua reserva financeira conquistada ao longo de seu período de estabilidade na atividade antes desempenhada. Por esta e muitas outras razões que persistimos em indicar e informar neste blog a “importância” de uma reserva. A independência financeira gera liberdade e esta liberdade é traduzida em bem estar, pelo menos financeiramente.

 Mas o medo de arriscar em voos maiores por não possuir nenhum tipo de reserva pode limitar o sonho de muita gente. Porém, é nas dificuldades que acaba aparecendo excelentes idéias, portanto aconselho que não desanimem, como havia dito anteriormente o mundo não acabou, com bastante calma reveja seus gastos, seu capital, planeje, replaneje seu futuro para os próximos cinco, dez ou vinte anos este novo momento econômico em sua vida.

 

Fundos de Investimentos – Parte 2 “A Comodidade com Retorno”

Dando continuidade ao assunto do último texto, falaremos sobre alguns fundos interessantes para investidores de menor porte. Acredito que três tipos de fundos são atrativos e merecem atenção: (I) Fundo de Investimento em Ações (FIA); (II) Fundo de Renda Fixa; e (III) Fundo Multimercado (FIM). No próximo texto falaremos sobre outras opções que também devem ser consideradas, como o fundo de investimento imobiliário (FII).

Esses três fundos apresentam estratégias diferentes, como o próprio nome sugere. Vamos começar pelo Fundo de Investimento em Ações (FIA).

(I) Quando se fala em ações o primeiro sentimento que surge em muita gente é o de insegurança.

Muitos acham que não têm tempo para acompanhar seus investimentos, portanto, seria impossível alocar seu capital na bolsa, pois acreditam que este tipo de investimento merece maior atenção. De fato, a bolsa requer um nível mínimo de acompanhamento superior ao requerido por outros investimentos do mercado. E fica difícil conciliar todas as atividades do dia a dia com mais esta tarefa.

 

Por isso investir em um FIA (Fundo de Investimentos em Ações) tende a ser uma opção bastante interessante. Em primeiro lugar, como nos demais fundos, você terá um gestor que acompanhará seu investimento e tomará as decisões por você. Isso lhe dará maior segurança diante de uma rotina carregada de compromissos. Além disso, um fundo de investimentos, sendo a união de um grupo de investidores, acaba obtendo certas vantagens na bolsa, como maior liquidez em determinados papéis e, por vezes, chega a influenciar em decisões das empresas investidas, dependendo do tamanho do fundo.

Vale destacar a importância de olhar o rendimento histórico, a estratégia (podendo ser mais conservador ou mais agressivo) e se atentar no regulamento, onde você poderá observar as regras de funcionamento do fundo. E neste caso sempre pensar em médio/longo prazo.

(II) Para o fundo de Renda Fixa o racional é o mesmo. Quando você passa a buscar uma opção interessante de investimento em renda fixa acaba se deparando com diversos títulos (pré-fixados, pós-fixados, privados, públicos e etc…), e fica difícil decidir qual seria a melhor opção dentro do cenário vigente. Por exemplo, quando a inflação está elevada, os títulos pós-fixados atrelados à inflação são mais atraentes, e assim por diante (vamos tratar este assunto com maiores detalhes em um próximo texto). Neste caso um Fundo de Investimento em Renda Fixa é de grande valor, tendo em vista que haverá um gestor escolhendo as melhores opções para o seu capital.

(III) E, por último, gostaria de chamar a atenção para o Fundo de Investimentos Multimercados (FIM), cujo objetivo seria diversificar o seu investimento. Ao invés de você mesmo diversificar sua alocação, colocando um percentual em renda fixa e outro tanto em ações, por exemplo, neste caso você apenas aporta tudo em um FIM, passando esta responsabilidade para um gestor, que fará a alocação para você. Neste caso é de extrema importância que você procure um fundo com estratégia semelhante à que você busca. Por exemplo, se você gostaria de colocar apenas 20% de seu capital em ações, 70% em renda fixa e 10% em outro tipo de investimento, você poderia buscar um FIM que utiliza esta estratégia e alocar todo o recurso direto neste fundo. O gestor fará todo o trabalho…

Lembre-se de comparar as taxas de administração de vários fundos, pois uma pequena diferença na taxa que você terá que pagar pode significar um ganho considerável no longo prazo. Muitos fundos cobram taxas de administração exageradas.

Fico à disposição para dúvidas.

Um bom motivo para adquirir o hábito de poupar

Que houve uma ascensão social no Brasil nos últimos anos isto é inegável, no entanto nosso perfil não teve mudança significativa em relação ao ato de poupar, acarretando um impacto direto na Política econômica do país, como, por exemplo, a pratica de um juros nos padrões internacionais.

Temos o hábito de viver endividados e não superavitário. Escolhemos sempre desfrutar de um bem o quanto antes do que postergar uma compra para conseguir um preço melhor.

O mais triste nisto tudo é que quando temos a rara oportunidade de efetuar a compra a vista, escolhemos parcelar, porém, sem fazer um controle dos nossos gastos. Em muitos casos a escolha do parcelamento no cartão de crédito, sem o devido controle, pode muitas vezes nos levar a cair no crédito rotativo.

Alguns países da Ásia estão ligeiramente a frente do resto do mundo em relação ao hábito de poupar, em especial o Japão, isto não quer dizer que eles estão absolutamente corretos, todavia o que devemos aprender com os nossos amigos do sol nascente é que não viver endividado:

  • lhe permite planejar melhor os bens que queira adquirir;
  • lhe permite ser independente e ser independente financeiramente evita stress;
  • lhe permite estar atento e arriscar novas oportunidades;
  • lhe permite “viver”;

Os benefícios são inúmeros e o interessante é que estas pessoas iniciam esta prática desde a infância e as mantém até a velhice. Se vivem bem ou não todas as etapas da vida se privando ou não dos seus anseios, não consigo afirmar. Mas o que podemos afirmar é que a expectativa de vida em países que preservam o hábito de poupar são bem maiores que os países que não possuem. Embora, não seja esta a única variável que determina o tempo de vida de uma pessoa, contudo uma variável importantíssima a ser controlada.

Nossa experiência de vida nos mostra que pessoas que vivem mal, ou seja, a maior parte do tempo com problemas dos mais diversos possível, tendem a não viver muito. Ora, se os japoneses vivem mais significa que seu estilo de vida é no minimo interessante e pode ser copiado.

Porque não iniciar hoje uma poupança de R$10,00/mês, o primeiro passo só depende de você!

Fundos de Investimentos: “A União Faz a Força”

Neste artigo vamos iniciar um bate-papo sobre uma arma poderosa para investidores de pequeno e médio porte, os fundos de investimentos. Poucos conhecem os benefícios e os cuidados necessários para quem investe nesta forma de aplicação financeira. Inicialmente vamos falar sobre um grande benefício, o ganho de escala.

A frase “a união faz a força” define bem um dos principais chamarizes para quem quer investir em fundos. De maneira geral, este veículo de investimentos atende o desejo de quem quer apostar em um determinado segmento, porém, não tem capital suficiente para realizar este objetivo.

Por exemplo, quantas pessoas têm capital suficiente para comprar um terreno e construir um Shopping Center ou uma torre comercial?  Você tem o montante necessário para realizar um projeto deste porte?

Muitas vezes enxergamos potencial em um determinado segmento, porém, temos a impressão que somente os milionários estão conseguindo usufruir deste potencial. De fato são muitas as oportunidades que somos incapazes de aproveitar devido ao elevado volume de investimento inicial. Porém, a boa notícia é que, possivelmente, você consegue satisfazer este anseio através de algum fundo que foca sua estratégia justamente no segmento que você gostaria de apostar.

Imagem A formação de um fundo basicamente ocorre com a união de diversos investidores menores que juntam seu capital e se tornam um único investidor de maior porte. O retorno ocorre através de distribuições que o fundo faz para os seus investidores, denominados cotistas.

Todos os fundos têm um gestor e um administrador, sendo o primeiro responsável pelas decisões de alocação do dinheiro acumulado e o segundo pela parte burocrática e administrativa (regulamento e etc…).

Então bastaria investir em um fundo de investimentos imobiliário focado em shopping centers e você passa a se tornar um investidor de shopping centers, algo que seria inimaginável para a grande maioria das pessoas.

Os fundos podem adotar diversas estratégias, o que deve estar bem esclarecido para os seus investidores no regulamento. Alguns focam em ações, outros em imóveis e assim por diante. Eis a lista dos principais tipos de fundos encontrados no mercado, cada um com uma estratégia:

FIA – Fundo de Investimentos em Ações

FII – Fundo de Investimentos Imobiliários

FIM – Fundo de Investimentos Multimercados (Investe em diversos segmentos, conforme seu regulamento permitir).

Fundo Cambial

Fundo de Renda Fixa

FIC – Fundo de Investimentos em Cotas (Investe em outros fundos).

E Outros.

No próximo texto irei aprofundar este bate papo falando sobre os tipos de fundos que considero excelentes opções para investidores de menor porte, como nós. E vamos falar também sobre os principais cuidados que se deve tomar, como analisar as taxas cobradas e o histórico de rentabilidade.

Viver ou Juntar Dinheiro? by Max Gehringer

Conheço o texto a seguir já a algum tempo, contudo não recordava de todos os seus pormenores. Resumidamente é justamente o que desejamos compartilhar neste blog,

com uma ressalva….é possível ter uma vida financeira equilibrada em todas as fases da vida, sem ter que abrir mão de coisas interessantes em detrimento de outras.

Curtam o texto:

Viver ou Juntar Dinheiro?

Max Gehringer

Recebi uma mensagem muito interessante de um ouvinte da CBN e peço licença para lê-la na íntegra, porque ela nem precisa dos meus comentários.
Lá vai: “Prezado Max, meu nome é Sérgio, tenho 61 anos e pertenço a uma geração azarada: Quando era jovem as pessoas diziam para escutar os mais velhos, que eram mais sábios. Agora dizem que tenho que escutar os jovens, porque são mais inteligentes.

Na semana passada li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa… Aprendi, por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas, então descobri, para minha surpresa, que hoje eu poderia estar milionário.
Bastava não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.

Ao concluir os cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária.

É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?

Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto absolutamente feliz em ser pobre.
Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje, aos 61 anos, não tenho mais o mesmo pique de jovem, nem a mesma saúde. Portanto, viajar, comer pizzas e cafés, não faz bem na minha idade e roupas, hoje, não vão melhorar muito o meu visual!

Recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro em suas contas bancárias, mas sem ter vivido a vida”.

“Não eduque o seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas, não o seu preço.”

Como decidir o que comprar ou vender no mercado de ações?

Dando sequência ao assunto abordado em meu último texto, agora que todos já sabem que o processo de compra e venda de ações é relativamente simples, e que não é necessário ter grandes montantes para investir na Bolsa, chegou o momento de nos aprofundarmos neste segmento, tratando sobre as decisões de compra e venda.

Em resumo a maior dificuldade de um investidor iniciante, quando ele opta por investir em ações, é saber decidir quais ações comprar, ou seja, em quais empresas investir. Além disso, em geral poucos têm claro qual seria um bom momento para vender suas ações.

Vamos iniciar com uma reflexão muito simples, para tirarmos algumas conclusões iniciais: Você entraria em uma sociedade com aquele seu cunhado que vive se envolvendo em “encrencas” e deve dinheiro para toda a família?

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Faria parte de uma sociedade com aquele seu vizinho cuja empresa não cresce faz mais de 10 anos?

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Estas mesmas questões devem ser levantadas antes de apostar em alguma empresa no mercado de ações. Em geral você deve conferir se a companhia tem perspectiva de crescimento, quais os riscos que envolvem o seu negócio de atuação e se a gestão é transparente, ou seja, se informações importantes, como a estratégia de longo prazo e o endividamento, são divulgadas de maneira clara.

Porém, muitas vezes para se chegar a conclusões plausíveis torna-se necessário adotar ferramentas mais complexas de análise financeira, além de ter tempo. Por isso, recomendo que sempre consulte um especialista. Geralmente, boas corretoras contam com uma equipe de analistas de ações que poderá lhe indicar qual seria a melhor opção para o seu perfil de risco em menos de 10 minutos.  

Com o seu perfil alinhado ele lhe dirá qual empresa é uma boa opção.

Agora vai a minha opinião para investidores iniciantes na bolsa:

“Só invista em ações quando este mercado estiver atrativo”.

Não invista apenas por obrigação de diversificar sua carteira, ou porque lhe disseram que é uma boa… A bolsa vai bem quando o cenário macroeconômico (economia mundial e nacional) está bem, ou pelo menos estável. Quando existe risco mais alto contaminando a economia mundial, ou a nacional, em minha opinião o melhor para investidores menos experientes é buscar alternativas mais seguras.

Por exemplo, neste momento, o mercado de ações não está atrativo, considerando o risco de a Grécia deixar a Zona do Euro e todos os outros problemas que permeiam aquela região.

Porém, quando o cenário apontar maior estabilidade e o otimismo voltar, vale a pena avaliar a possibilidade de investir em boas empresas. Tudo isto poderá ser conversado com um especialista da sua corretora sem custo algum.

O mais importante é que todo este processo é simples, e não requer grandes esforços. Basta abrir sua conta na corretora e pedir para falar com os analistas de ações, os quais lhe darão boas orientações. Pergunte sobre o risco envolvendo o cenário econômico. Explique que tipo de investimentos você procura na bolsa (você pode querer arriscar mais buscando possibilidade de retornos maiores, ou pode buscar empresas mais estáveis, porém, com possibilidades de retornos menores). Tire suas dúvidas. NÃO DEIXE DE VIVER ESTA EXPERIÊNCIA, AINDA QUE VOCÊ DECIDA ESPERAR UM POUCO MAIS PARA INVESTIR. Ligue para os analistas uma vez por mês se quiser, até sentir que o otimismo está de volta.

É importante que o brasileiro perca o medo de aprender a cuidar de seu dinheiro da melhor forma possível, e conhecer o mercado de ações faz parte deste aprendizado.

 

Mercado de ações e seu funcionamento…

Tenho percebido que, com certa frequência, a primeira pergunta que me fazem quando falo que trabalho com investimentos é: Como funciona o mercado de ações? Muitos até mesmo investem sem ao menos saber muito bem o que significa “comprar uma ação da Vale”. Compram ações da mesma forma que apostadores colocam uma ficha em máquinas caça-níqueis. Outros até entendem um pouco mais, porém, investem apenas baseando-se em boatos e “dicas” que ouvem em um jantar com amigos.

Então vamos primeiramente entender de forma bastante simples o que é uma ação.

Você já quis se tornar sócio de um grande empresário como o Eike Batista? Já quis ser um dos “donos” de empresas como a Petrobras? Isto pode ser alcançado muito mais facilmente do que imagina, basta comprar uma ação da OGX (empresa do Eike) ou uma ação da Petrobras e já terá seu desejo realizado. Pois é, uma ação é um título que representa a mínima parcela do capital social de uma empresa. Quando o dono (ou os donos) de uma empresa resolve abrir seu capital na Bolsa, ou seja, colocar ações no mercado, ele está apenas colocando um percentual desta companhia à disposição para quem quiser comprar.

Vamos raciocinar de forma mais prática. Imaginemos que um grande empresário gostaria de vender 30% de sua empresa para um sócio, pois acredita que com um parceiro nos negócios ele poderia crescer mais rapidamente. Então ele divide esses 30% da companhia em vários papéis (ações), vai até a bolsa de valores e coloca esses papéis à disposição de quem quiser comprar (claro que não é tão fácil). Então os investidores vão decidir se acham interessante comprar ou não aquelas ações. Quanto mais investidores se interessar mais caro ele vai conseguir vender. Daí em diante estas ações ficam no mercado sendo negociadas todos os dias.

Quando você compra uma ação ela passará a valer mais dependendo de quantas pessoas querem comprá-la. Se, de repente, todos acham que está ação ficou atrativa, porque a empresa vai lucrar mais ou encontrou petróleo, você conseguirá vendê-la por um preço cada vez mais alto. Porém, se todos acharem que aquela empresa virou o “patinho-feio” do mercado, pode ter certeza que o preço deve refletir esta opinião, e as ofertas de compra serão a preços cada vez menores.

Diariamente serão realizadas ofertas de compras destes papéis, vindas de investidores interessados em adquirir uma participação nesta empresa. Você deve vender suas ações apenas quando perceber que estão comprando ao preço que você acha que elas valem, ou seja, quando achar que a empresa não vale muito mais do que aquilo que estão ofertando. Neste momento é hora de vender. No próximo texto falaremos mais sobre a decisão de compra e venda.

Assim como são realizadas ofertas de compra, também há ofertas de investidores tentando vender suas ações. Quando as ofertas de venda de uma ação em sua opinião não reflete o valor da empresa, ou seja, você acha que o valor de mercado da companhia está “abaixo” do que deveria, você pode comprá-la. Todo este processo ocorre na Bolsa de Valores (Bovespa) em questão de segundos. Várias ofertas de compra e venda. Quando a oferta de compra for igual à de venda então o comprador adquire as ações e o vendedor recebe o dinheiro.

Antes isto era feito pessoalmente nos famosos pregões:

Agora é tudo online:

E você pode comprar e vender dentro de sua casa, através de um sistema online que a corretora disponibiliza, denominado “Home Broker”. Basta buscar uma corretora e fazer um cadastro e terá todas as condições necessárias para realizar seus investimentos.

Agora vem as próximas perguntas: quando uma empresa pode ser considerada “barata” ou “cara”?; como decido se vou comprar ou vender?; vale a pena investir em ações? Mas aí vão algumas perguntas que poderão indicar o que você deve considerar quando estiver pensando em investir na Bolsa de Valores. Você entraria em uma sociedade com aquele seu cunhado que vive se envolvendo em fraudes? Ou faria parte de uma sociedade com aquele vizinho cuja empresa não cresce faz mais de 10 anos? Estas mesmas questões devem ser levantadas quando estiver pensando em qual empresa investir no mercado de ações.

Tudo isso será o tema do próximo texto… Vou lhes falar um pouco sobre minha experiência e opinião sincera sobre este mercado. Fiquem à vontade para postar dúvidas e levantar temas para debates.

Vamos provar do mel para que eles fiquem com o fel

Em meio ao obstinado plano do governo federal em reduzir as taxas de juros no intuito de alavancar a economia, muitas instituições financeiras, concessionárias, grandes lojas, comércio, etc, ainda não aderiram, ou melhor dizendo, aderiram mas naquele jeitinho brasileiro. Ocorre que algumas destas instituições estão anunciando taxas atrativas, porém, no cálculo aos clientes inserem um juros maior do que o anunciado. Isto torna-se possível, pois muitos de nós estamos preocupados com o valor da parcela, ou seja, o valor que cabe em nosso bolso, e esquecemos de verificar o montante ao fim do contrato.

Um final de semana após a redução nas taxas de juros meu amigo dirigiu-se a uma destas grandes concessionárias espalhadas em São Paulo a procura de seu tão sonhado automóvel. Havia visto nos comerciais as condições de pagamento, gostou do que viu na TV e foi conferir in loco. Chegou na loja e realmente coincidia o anúncio da TV com o que estava estampado nos automóveis, e então sentou-se com o simpática vendedora para negociar.

Para obter o veículo desejado ele teria que financiar R$ 26000,00, sua intenção era financiar em 36 parcelas, devido a pequena taxa de juros, que ficariam em torno de R$ 880,00 já incluso todos os impostos e taxas, mas para sua surpresa os valores foram outros, e nos cálculos da simpática vendedora as prestações ficariam em exatos R$ 950,00, como meu amigo tem o mínimo de conhecimento em finanças e com um perfil financeiro invejável, soube argumentar que as taxas cobradas estavam além do que foi anunciado e conseguiu depois de muita insistência, em três diferentes lojas, adquirir seu novo veículo. Por conta de sua persistência e de sua consciência não perdeu R$ 2.520,00 ao longo destes 36 meses.

Os valores são significativos, porém pouco importa, pois o que eu gostaria de salientar é que não devemos ser omissos no que acontece ao nosso redor, em nosso bairro, nossa cidade, nosso país. Devemos estar vigilantes a todo momento para não sermos vítimas deste sistema corrupto que nos assola. Em entrevista a Folha de São Paulo o diretor executivo do Procon disse: “É obrigação das instituições financeiras informarem de forma clara e didática tudo sobre o produto que está sendo adquirido, incluindo dados sobre possíveis riscos e perdas”. Este tipo de informação transmitida pelo Procon é de extrema importância, pois somos nós que ditamos o ritmo da economia e é nosso dever fazer valer nossos direitos para um bem maior.

Esta medida do governo tem como objetivo reduzir os juros abusivos e alavancar a economia, e como um parto forceps deixar uma “quirela” do ônus aos banqueiros, mas como insisto em dizer depende exclusivamente dos nossos atos. O que sempre nos torna reféns é a falta de conhecimento. Temos o péssimo hábito de deixar de lado o aprendizado de assuntos que não faz parte do nosso cotidiano, por isso, muitas vezes acabamos sendo prejudicados, sem ao menos notarmos.

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Estamos em ano de eleição mais uma vez, e é nosso dever procurarmos conhecer um pouco mais sobre nossos candidatos, se eles têm ou não a ficha limpa, quais são suas propostas, e da onde estão angariando verba para sua campanha. Creio que como um trabalho de formiguinha faremos a diferença no futuro, que seja daqui 20 anos, mas tornaremos limpo o que é sujo.