Fundos de Investimentos – Parte 2 “A Comodidade com Retorno”

Dando continuidade ao assunto do último texto, falaremos sobre alguns fundos interessantes para investidores de menor porte. Acredito que três tipos de fundos são atrativos e merecem atenção: (I) Fundo de Investimento em Ações (FIA); (II) Fundo de Renda Fixa; e (III) Fundo Multimercado (FIM). No próximo texto falaremos sobre outras opções que também devem ser consideradas, como o fundo de investimento imobiliário (FII).

Esses três fundos apresentam estratégias diferentes, como o próprio nome sugere. Vamos começar pelo Fundo de Investimento em Ações (FIA).

(I) Quando se fala em ações o primeiro sentimento que surge em muita gente é o de insegurança.

Muitos acham que não têm tempo para acompanhar seus investimentos, portanto, seria impossível alocar seu capital na bolsa, pois acreditam que este tipo de investimento merece maior atenção. De fato, a bolsa requer um nível mínimo de acompanhamento superior ao requerido por outros investimentos do mercado. E fica difícil conciliar todas as atividades do dia a dia com mais esta tarefa.

 

Por isso investir em um FIA (Fundo de Investimentos em Ações) tende a ser uma opção bastante interessante. Em primeiro lugar, como nos demais fundos, você terá um gestor que acompanhará seu investimento e tomará as decisões por você. Isso lhe dará maior segurança diante de uma rotina carregada de compromissos. Além disso, um fundo de investimentos, sendo a união de um grupo de investidores, acaba obtendo certas vantagens na bolsa, como maior liquidez em determinados papéis e, por vezes, chega a influenciar em decisões das empresas investidas, dependendo do tamanho do fundo.

Vale destacar a importância de olhar o rendimento histórico, a estratégia (podendo ser mais conservador ou mais agressivo) e se atentar no regulamento, onde você poderá observar as regras de funcionamento do fundo. E neste caso sempre pensar em médio/longo prazo.

(II) Para o fundo de Renda Fixa o racional é o mesmo. Quando você passa a buscar uma opção interessante de investimento em renda fixa acaba se deparando com diversos títulos (pré-fixados, pós-fixados, privados, públicos e etc…), e fica difícil decidir qual seria a melhor opção dentro do cenário vigente. Por exemplo, quando a inflação está elevada, os títulos pós-fixados atrelados à inflação são mais atraentes, e assim por diante (vamos tratar este assunto com maiores detalhes em um próximo texto). Neste caso um Fundo de Investimento em Renda Fixa é de grande valor, tendo em vista que haverá um gestor escolhendo as melhores opções para o seu capital.

(III) E, por último, gostaria de chamar a atenção para o Fundo de Investimentos Multimercados (FIM), cujo objetivo seria diversificar o seu investimento. Ao invés de você mesmo diversificar sua alocação, colocando um percentual em renda fixa e outro tanto em ações, por exemplo, neste caso você apenas aporta tudo em um FIM, passando esta responsabilidade para um gestor, que fará a alocação para você. Neste caso é de extrema importância que você procure um fundo com estratégia semelhante à que você busca. Por exemplo, se você gostaria de colocar apenas 20% de seu capital em ações, 70% em renda fixa e 10% em outro tipo de investimento, você poderia buscar um FIM que utiliza esta estratégia e alocar todo o recurso direto neste fundo. O gestor fará todo o trabalho…

Lembre-se de comparar as taxas de administração de vários fundos, pois uma pequena diferença na taxa que você terá que pagar pode significar um ganho considerável no longo prazo. Muitos fundos cobram taxas de administração exageradas.

Fico à disposição para dúvidas.

2 respostas em “Fundos de Investimentos – Parte 2 “A Comodidade com Retorno”

  1. As dicas são muito boas, porém fiquei com algumas dúvidas, hoje com todo o cenário econômico, o Fundo de Investimento em Ações não tem a mesma rentabilidade de antes, então investir em ações é uma boa opção ou é apenas mais uma das opções no qual posso investir meu dinheiro? Outra dúvida, qual é o valor aproximado de uma taxa administrativa justa a se pagar?
    Aguardo mais dicas, pois tem me ajudado muito a entender um pouco desse mundo no qual eu não pertenço!
    Abs,
    Juliana

  2. Juliana, desculpe a demora. Este mês foi bastante corrido. Boas perguntas. Quanto ao fundo de ações, é importante que se conheça esta opção de investimentos. Acho que é interessante para quem quer investir em ações mas não tem tempo. Porém, é apenas uma opção. Acho que em um mercado acionário como o nosso, cheio de altas e baixas, é importante que seu dinheiro em ações seja gerido por alguém que domine o conhecimento referente a este mercado. Como disse anteriormente, em outro texto, acho muito arriscado para quem quer investir em ações apenas escolher uma ou outra empresa e esquecer o dinheiro lá. Pode ser que, daqui a 5 ou 10 anos, quando for resgatar, você tenha uma surpresa. Então um FIA te ajuda a driblar este problema. Você também pode investir em um Fundo Multimercado que tenha como estratégia alocar um percentual do seu portfólio em ações. Se você colocar 10 mil em um fundo multimercado que tenha 10% em ações e 90% em renda fixa, você terá apenas mil reais exposto ao mercado de ações. Quanto às taxas de administração, acho que apenas uma pesquisa em diferentes instituições financeiras te dará uma boa ideia de uma taxa atrativa, pois muda muito. Dependendo do valor que está disposta a colocar no fundo,ou do pacote de serviços que você tem no banco e etc…, você pode ter uma taxa maior ou menor. Mas não deixe de fazer pesquisa e comparar, pois uma pequena diferença na taxa pode trazer grande impacto no longo prazo. Mais uma vez desculpe a demora. Se tiver mais dúvidas fique à vontade, desta vez serei breve em responder.

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